Quando ouvi pela primeira vez ‘ Sarau da Camarilha’, pensei, mas que raios de nome é esse? Fiquei intrigada. Fui ver o que era.
Me deparei com meu ‘habitat’ natural. O Sarau se passa num teatro e com o palco na boca da platéia, isso quer dizer, mais intimidade com ‘pessoas não identificadas’
Me senti em casa. Cheiro de teatro é sempre cheiro de teatro, em qualquer parte do mundo ou em qualquer pedaço dessa Sampa querida.
E então começaram as declamações de poetas nem um pouco conhecidos por mim, poetas de todo tipo, cada qual com sua magia peculiar e nata.
Eis que sou chamada ao palco quando seguia para o toalete. E agora? Faço xixi? Me finjo de surda? Perco a vez de ir ao palco? Enfim, respirei fundo e falei:
-Justo agora que eu ia fazer xixi? [Lembrei do Carpinejar, que acha duvidoso um homem falar que vai fazer xixi, mas sou mulher e então... faço xixi]
Risos vieram da platéia, ri junto, claro.
- Se acaso eu fizer xixi no palco a culpa será sua heim!
Mais risos.
Fui confiante pisar no tablado donde já saíram todo tipo de ‘grito’ e desabafo, ditado em verso e abraço.
E foi assim...
O interessante do receio do palco é a atenção de todos (ou quase) para o que externaremos. Por muito tempo eu não diria um "a" se fosse pedido para me manifestar diante de mais de duas pessoas (risos). Mas por querer expulsar vontades sobre obras alheias, no tablado do palco vou, e sempre irei.
ResponderExcluirPois é Eliéser, o palco é algo onde se mostra "tudo", é onde se fica em evidência. Quase sempre que subo ao palco como "eu" sem nenhuma personagem [sou atriz] é mais "gritante" pra mim, por vezes, eu tremo e as pernas bambeiam, bem diferente da segurança que tenho ao pisar no palco "vestida" de persona!
ResponderExcluirMas é sempre válido e gratificante de alguma forma, a menos que eu me cobre depois do tipo: Putz eu devia ter feito melhor...
abraços
Salve Salve linda Solange !!!
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